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Em Mato Grosso, desastres naturais causam prejuízos de R$ 2,1 bilhões


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Oficialmente, o verão começa nesta sexta-feira (21). Para a estação, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de uma temporada de dias com mais chuvas, o que reforça o alerta quanto à possibilidade da ocorrência de desastres naturais. Dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontam que entre 2016 e o primeiro semestre de 2017, eventos naturais ocasionaram prejuízos da ordem de R$ 2,1 bilhões, em Mato Grosso.

Do total, pouco mais de R$ 1,8 bi foi, em 2016, e R$ 289,9 milhões, nos seis primeiros meses do ano passado, quando os principais setores da economia mato-grossense afetados foram a agricultura (R$ 198,9 milhões), pecuária (R$ 37,4 milhões) e indústria (R$ 11,8 milhões). Neste último fim de semana, um vendaval de grandes proporções mandou ao chão toda estrutura preparada para a realização da “Feira é de Livramento”, em Nossa Senhora do Livramento (35 quilômetros de Cuiabá). Por conta dos estragos, a prefeitura cancelou o evento.

No país, os desastres causaram prejuízos de R$ 32 bilhões, no ano retrasado, enquanto que somente no primeiro semestre de 2017 foram R$ 39,4 bilhões. As informações fazem parte do estudo “Decretações de anormalidades causadas por desastres nos municípios brasileiros” e foram retiradas da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), órgão pertencente ao Ministério da Integração Nacional. Os dados mostram ainda que, entre 2003 a julho de 2018, 32.121 eventos naturais foram reconhecidos pela Defesa Civil Nacional.

Do centro-oeste, Mato Grosso foi o estado com maior ocorrência: 311 no total. Em segundo foi Mato Grosso do Sul (266), seguido de Goiás (77) e, por último, o Distrito Federal (2). Segundo o estudo, os estados que mais tiveram desastres naturais no período foram a Paraíba (3.875), o Rio Grande do Sul (3.547), Ceará (3.159) e Minas Gerais (3.120). Também existe um grupo de municípios que sofrem de eventos naturais recorrentemente ao longo do período analisado. Na seleção dos 30 municípios com mais desastres reconhecidos, todos são do nordeste, principalmente, do Ceará.

Conforme a CNM, os desastres resultados de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um cenário vulnerável, causando grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade envolvendo extensivas perdas e danos humanos, materiais, econômicos ou ambientais, que excede a sua capacidade de lidar com o problema usando meios próprios.

Ainda, segundo a CNM, esses eventos negativos, como a seca e o excesso de chuvas, tornam-se cada vez mais severos em decorrência das mudanças climáticas e também pela intervenção humana. “Nos últimos anos, ocorreram milhares de decretações de anormalidade em todos Brasil em decorrência de desastres naturais, obrigando os municípios afetados a decretarem situação de emergência (SE) e estado de calamidade pública (ECP)”, frisa no documento.

Conforme informações divulgadas pela Defesa Civil do Estado, o Climatempo e com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que o verão 2017/2018 deve ter algumas características principais, a exemplo da maior parte da chuva no sudeste e centro-oeste que deve acontecer na primeira metade da estação.

Além disso, janeiro será o mês-chave para os estados do centro-oeste e sudeste com 10 a 15 dias de chuva enquanto fevereiro deverá ser o mês mais quente em todo país, o sul deve ter chuva abaixo da média, mas sem ficar totalmente na secura, com longos períodos sem sol, muita chuva na região norte e muito calor e pouca chuva no nordeste.

Diante das previsões apresentadas, a CNM orienta os gestores municipais que inicie de imediato as ações de monitoramento, de alerta e alarme, por meio de suas coordenadorias locais de Proteção e Defesa Civil, que deve continuamente atuar e colocar em prática os planos de ações preventivas, gestão de riscos executando atividades de sensibilização e conscientização da população frente às ameaças.

Também devem ser realizadas atividades ininterruptas de análise e registros dos boletins de meteorologia, mapeamento das áreas de riscos, obtenção de dados junto aos moradores mais antigos de cada região do município e ações em parcerias com as Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Segurança Pública e de Infraestrutura na elaboração de planos de prevenção, preparação, resposta e reconstrução de desastres.

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